Em breve mais um livro - "Eu sou José, irmão de vocês"
„Quem não conhece e não valoriza o seu passado
„Quem não conhece e não valoriza o seu passado
esse não é digno de respeito,
nem de tempo presente, nem de futuro”.
Józef Piłsudski
„A história será benigna para mim,
porque tenho planos de escrevê-la”.
Winston Churchill
„Para escrever a história tem que
ser mais que ser humano,
porque o autor que tem a caneta na
mão
deve ser livre de preconceito, dos interesses
e da vaidade”.
„Muitas pessoas já tentaram
escrever a história dos acontecimentos que se passaram entre nós. Elas
começaram do que nos foi transmitido por aqueles que, desde o princípio, foram
testemunhas oculares e ministros da palavra. Assim sendo, após fazer um estudo
cuidadoso de tudo o que aconteceu desde o princípio, também eu decidi escrever
para você uma narração bem ordenada,
excelentíssimo Teófilo. Desse modo, você poderá verificar a solidez dos
ensinamentos que recebeu” Evangelho de Lucas 1,1-4.
«Vão a José, e façam o que ele
disser a vocês» (Gn 41,55)
„Eu sou José, o irmão de vocês,
aquele que vocês venderam para o Egito” (Gn 45,4).
32 anos de evangelização na Bahia
De Desznica para Salvador
„Jesus foi à cidade de Nazaré, onde
se havia criado. Conforme seu costume, no sábado entrou na sinagoga, e
levantou-se para fazer a leitura. Deram-lhe o livro do profeta Isaías. Abrindo
o livro, Jesus encontrou a passagem onde está escrito:
«O Espírito do Senhor está sobre mim,
porque ele me consagrou com a
unção,
para anunciar a Boa Notícia aos
pobres;
enviou-me para proclamar a
libertação aos presos
e aos cegos a recuperação da vista;
para libertar os oprimidos, e para
proclamar um ano de graça do Senhor» .
Em seguida Jesus fechou o livro, o
entregou na mão do ajudante, e sentou-se. Todos os que estavam na sinagoga
tinham os olhos fixos nele. Então Jesus começou a dizer-lhes: «Hoje se cumpriu
essa passagem da Escritura, que vocês acabam de ouvir” (Lc 4,16-21).
Essas palavras pronunciadas pelo
profeta Isaias muitos anos antes da era
cristã, o Mestre de Nazaré aplica a si mesmo. Jesus faz dessas palavras o
programa da sua atividade. Dezoito séculos mais tarde, Afonso de Ligório empresta essas mesmas palavras para expressar
o carisma da sua Congregação do Santíssimo Redentor. Assim escreveu o fundador
dos Missionários Redentoristas em setembro de 1733: “O único fim do nosso
Instituto é a obra das missões. Esta obra omitida e malfeita, o Instituto pára
de viver” . Gosto de meditar a passagem
do Evangelho para que possa, também eu, assemelhar-me aos três.
“A Coisa”
A gente pensa uma coisa,
acaba escrevendo outra
e o leitor entende uma terceira
coisa…
e, enquanto se passa tudo isso,
a coisa propriamente dita
começa a desconfiar
que não foi propriamente dita.
Mário Quintana, poeta
Índice
1. Índice
……………………………………………………….....................…………
2. Mapa
mundi e América Latina ………………………………………..........……
3. Mapa
do Brasil ………………………………………………...........……………….…..…
4. Mapa
da Bahia …………………………………………….........…………………………
5. Apresentação
do superior ………………………………………………………………
6. Introdução
……………………………………………...........……………………….…
I Capítulo – Desznica
1.1. Origens do povoado de Desznica
……………………................................................………
1.2. Primeira guerra mundial
………..…………………………………..…..…...............………
1.3. Paróquia greco-católica
…………………………………………………..............…………
1.4. Segunda guerra
mundial…………………………….……………………….......……………
1.5. Paróquia católica
………………………………………………………….……….......……
II Capítulo – Os parentes
2.1. Um dos sete
…………………………………………………....…………............….………
2.2. A peregrinação familiar
………………………………………………….....………………
2.3. Os sacramentos “familiares”
……………………………………….......…………………
2.4. O processo da educação e da
escolaridade…………………………..........….........………..
III Capítulo – Depoimentos poloneses
3.1. Uma ligação muito cara
………………………………………………………………………
3.2. Muito acanhado
……………………………………………………….....….……….………
3.3. Anda de carro tão acabado
………………………………………….........………………..…
3.4. Ordenação na catedral da
favela Malvinas ……………………............................…………….
3.5. José, um homem com dois nomes
…………………………….……….....…………………… Missionário magro – o nosso
primo ……………………………………………
3.7. Só querem brincar e não
estudar……………………………………..…..…....………….……
3.8. A classe “A” e “B”
…………………………………………………………….......……..…....
3.9. Desse aí vai dar alguma
coisa……………………………………………………….………..
3.10. Ele me convenceu para a
Missão …………………………………………………………..
3.11. Um Grzywacz sobre outro
Grzywacz………………………………………………………….
3.12. As mãos cheias da louça suja
……………………………………………………………..….
3.13. Ele mesmo não possuia muita
coisa…………………………………..………………………
3.14. Colega do mesmo banco da
escola…………………………………………….………….………
3.15. Cuidado, ainda vai nos
perguntar…………………………………………..........…………..….
4.16. Um raro visitante
………………………………………………………………………….….
4.17. Zezinho escrevia com a mão
esquerda………………………………………......…………….
4.18. De bicicleta mais rápido
………………………………………………………………….…..
4.19. A profundidade do
mistério……………………………………..……..........……………….
4.20. O convite para Broklyn
……………………………………………….…................………….
4. 21. Ficava na fila a noite
inteira ………………………………………………….………………
4.22. Um pedaço da Polônia
……………………………..…………….……..................…………..
4.23. Jesus bateu nos corações
desses jovens …………….……………….……..........……………
4.24. O Noviciado – um acidente
pouco piedoso………………………………..…………………..
4.25. Retiro paroquial em Desznica
4. 26. Simplicidade e
cordialidade………………………………………
4.27. De bicicleta ao redor da
Polônia ………………………………..……………………………
4.28 . Ainda sobre bicicleta
………………………………………………………………………….
IV Capítulo – Depoimentos brasileiros
Salvador
4.1. A primeira experiência
missionária. ………………………………………….…………………
4.2. Gratidão ……………………………………………………….………...................……………
4.3. Missionário por amor
.................................................................................................................
4.4. Sabia animar-nos
……………………………………………………………........…….………
4.5. O discípulo do Papa Francisco
………………………………………………………………….
4.6. Frequentemente no
Carmelo.......................................................................................................
4.7. A força dele vem de
Deus.......................................................................................................
4.8. Juntos nas Santas
Missões.....................................................................................................
4.9. O sentido da vida: servir a
Cristo e ao próximo………………………………………………….
4.10. A carta do amigo
…………………………………………………….…………........…………
4.11. Uma biblioteca
viva………………………………………………………..…………………
4.12. Esse nem parece
estrangeiro……………………………………..………….................…….
4.13. Eu conheço a sua
mãe……………………………………………………….……………….
4.14. O missionário
paciente…………………………………………………….………………….
4.15. As lembranças
marianas………………………………………………………………………..
4.16. Desde quando vocês se
conhecem? – Desde ontem! ………………………………………….
4.17. São José na ilha ………………………………………………………..……..............………
4. 18. Ajudava à minha família
…………………………………………………………………….
4.19. O Conselheiro Espiritual das
Equipes de Nossa Senhora ……………………………………
4.20. Aproxima-nos de Jesus, de
Maria e da Igreja ………………………………………………
4.21 . Prazer em conhecer
……………………………………………………..………..…………
Senhor do Bonfim
4.1. Às vezes um pouco duro
……………………………………………………………….……
4.2. José sobre outro José
……………………. …………………………………………..…….…
4.3. O discípulo de Santo Afonso
…………………………………………………….………..……
4.4. Grande amigo
………………………………………………………………...….......……..…
Arraial da Ajuda
4. 1. Eu escutava as suas homilias
da minha janela………………………………….………
4.2. Os coroinhas e a Irmandade
…………………………………………………….…………
4.3. Nunca vi um padre assim
………………………………………………….…..........………
4.4. Salvou-me das drogas
………………………………………………………….....…………
4.5. José justo e defensor da
justiça …………………………………………..…..................……
4.6. A educação polonesa e o
jeitinho brasileiro ……………………………………………………
4.7. Missionário – aventureiro de
Deus ……………………………………………………………
4.8. Um dos nossos
……………………………………………………………………..……….
Bom Jesus da Lapa
4.1. José, amigos dos jovens
……………………………………………………….………………
4.2. Missionário que abençoa
…………………………………………...........…………….………
4.3. Ele me “batizou” no Oceano
…………………………………………………………………..
4.4. Sempre dizia: “Não tenham
medo! ” …………………………....…..………………………….
4.5. Ordenado como sacerdote em
minha cidade…………………………………………………….
4.6. Ressuscitou a nossa
comunidade…………………………………..........……………………….
4.7. Missionário 100 %
…………………………………........……………………….……………
Itabuna
4.1. A fundação e as atividades do
Conselho Paroquial…………...…………………………..
4.2. A carta de agradecimento de
dom Ceslau Stanula ………………………………….……………943. Cidadão itabunense …………………………………………....................................….……….
4.4. Missionário com as soluções
revolucionárias……………………………………………..……
4. 5. Foi no AFI
……………………………………………..........…...............……………………
4.6. Polonês entre os poloneses
brasileiros ……………………………..………….………………
Feira de Santan
4.1. Missionário que trata bem os
leigos ………………………......………………………………..
4.2. Sacerdote de vocação e de
convicção…………………………………………….…………..…
4.3. Inquieto construtor
…………………………………………..............…………………..……..
V Capítulo – Família
Redentorista
5.1. As casas religiosas
……………………………………………………………………………
5.2. As
funções………………………………………………………………………………………
5.3. Os livros
……………………………………………………………….......…………………
5.4. O Decáolgo do
missionário…………………………………........…………………………….
5.6. A espiritualidade
mariana………………………………….......……………………………
VI Capítulo - Anexos
6.1. O aumento da violência.
…………..……………………………………………………………
6.2. Ide …………………………………………………………............................…………………
6.6. Os vôos
……………………………………………………………......................……………..
6.7. Santas Missões
……………………………………………………........………………………
6.8. Os pensamentos
……………………………………………........……………………………
6.9. A árvore genealógica dos
Grzywacz……………………………….........………………..…….
6.10. Cronologia – as datas da
história de Desznica e do padre José……........……................……
6.11. Documentos e decretos ………………………………………...............…………………….
Conclusão
1. Espinho
na carne, um anjo de Satanás …………………….……………….…………..…..
2. 365
vezes: “Não tenham medo”………………………..……..…………………………….
3. Vão
a José, e façam o que ele disser a vocês ……………….…..……………………….
4.
Enfim, sou um discípulo missionário de Cristo?..........................................................
A palavra do provincial da Polônia
Os Missionários Redentoristas podem
ser encontrados em diversos lugares e situações: nos confessionários e no
ambão, nas paróquias, nos santuários e nas Santas Missões, na rádio, TV e na
sala de estudos. Quando a saúde permite, não medem forças para estar perto do
povo, mas quando começa a faltar a saúde estão unidos a Cristo carregando a sua
cruz. Exercendo esses serviços, sempre procuram os novos meios, e sempre
aprendem como ser um discípulo fiel para depois tornar-se um missionário.
Redentorista é o missionário: “Forte na fé, alegre na esperança, fervoroso na
caridade, sempre dado a oração, suscitando vocações para que a redenção seja
abundante” (Constituição 20).
Alguns redentoristas foram enviados
para o trabalho missionários fora da sua pátria, as vezes em terras distantes.
Nem por isso a sua vida tornou-se uma aventura meramente turística. Esse estilo
de missão está cheio de dificuldades, as vezes exige o heroísmo e a capacidade
para os esforços quase sobre-humanos. Deixando o seu pais de origem começam a
viver numa cultura diferente, com a língua diferente e devem aprender com o
povo com o qual convivem. O missionário é, em primeiro lugar, um aprendiz do
Mestre Jesus e de escuta atenta a voz do povo. Isso exige algumas virtudes tais
como: humildade, capacidade de adaptação, superação da solidão e, às vezes, por
não ser compreendido ouve essas palavras – “Você é um estrangeiro”.
Do outro lado, para aqueles que
deixaram a sua pátria por causa do Evangelho, o serviço nas terras das missões
traz o profundo e misterioso sentimento: o próprio Deus confiou nele próprio.
Essa é a alegria do encontro com as pessoas que não tiveram a chance de,
durante meses e anos, ter um sacerdote por perto para ser ouvido e consolado no
sacramento da confissão. A alegria de acompanhar as pessoas as famílias – no
batismo, no matrimônio ou enterro de alguém conhecido. É uma paixão de falar de
Jesus, talvez pela primeira vez, a tantas pessoas. Isso não tem preço.
Caro leitor! O livro que você tem
em mãos: ”Eu sou José, vosso irmão. 31 anos de evangelização na Bahia” é um
testemunho vivo de um missionário que passou a maior parte de sua vida no
Brasil, especialmente na Bahia. E como José do Egito, as vezes não
compreendido, rejeitado e vendido, na hora das maiores dificuldades tornou-se
um homem providencial, assim também, padre José contribuiu, não pouco, no campo
da promoção vocacional, na formação de Missionários Redentoristas Leigos, nas
periferias, nos santuários de Nossa Senhora d´Ajuda e Nossa Senhora da Piedade,
como também nas quase 1oo Santas Missões Redentoristas. Realmente, a maioria
dos jovens redentoristas brasileiros foram assistidos pela Pastoral Vocacional
começada pelo padre Francisco Micek e aperfeiçoada por padre Jozef
Grzywacz. É verdade que você vai
encontrar nesse livro muitas histórias bonitas, originais e interessantes, mas
o Autor, padre Jozef Grzywacz CSsR não teve a intenção de receber os elogios ou
contar / criar uma doce realidade. O livro, preparado por “oitenta mãos”, as
pessoas amigas, parentes, confrades e companheiros de caminhada várias vezes
falam da gratidão do povo missionado pela presença e pelo trabalho desse
destemido missionário polonês e brasileiro. Isso é o maior e o melhor
pagamento. Mas, a consciência de que é Deus quem nos conduz, é a maior
recompensa e ajuda para o missionário.
Pe. Janusz Sok, CSsR - Varsóvia,
março 2019.
Provincial dos Redentoristas na
Polônia
Eu sou José, vosso irmão
*O irmão para as três irmãs e dois
irmãos de sangue.
**O irmão para mais de 5000
confrades da Congregação do Santíssimo Redentor espalhados em 85 países.
**O irmão para cerca de 15 milhões
baianos.
****O irmão para tantos ouvintes
quando nas pregações me dirijo a eles: “Irmãs e irmãos”.
*****O irmão do nosso Deus pois
desde o batismo essa é a minha vocação.
Introdução
Como nasceu a ideia de escrever
este livro? Então, no ano de 2008, em outubro, visitei o Ministério da Justiça,
em Brasília. O motivo dessa ida à capital foi o processo (demorado) da
naturalização. Estando no gabinete de Roberta Chaves Oliveira, a chefe dos
assuntos da Nacionalidade e Naturalização notei na parede um desenho e uma
inscrição: “Estrangeiros ou não, todos somos irmãos”. Essa obra de arte foi a
vencedora de um concurso infantil dos funcionários desse setor do Ministério.
Como isso contrastava com a situação de alguns confrades brasileiros, jovens
com os quais convivi e trabalhei. Veio-me à mente a figura do José do Egito
que, pela inveja dos próprios irmãos, foi rejeitado e vendido, mas afinal
tornou-se o defensor e benfeitor de todos eles. „Eu sou José, o irmão de vocês,
aquele que vocês venderam para o Egito” (Gn 45,4).
O livro "Eu sou José, vosso
irmão. 32 anos de evangelização na Bahia” em forma de memórias e testemunhos
pretende ser uma tentativa de avaliar e partilhar as experiências da minha
estadia, da maior parte, da minha vida, na Bahia. São os aspectos da
inculturação, formação, amadurecimento, o tempo dedicado as Santas Missões e
aos cuidados de pároco e reitor do santuário, a dedicação à Pastoral Juvenil
Vocacional Redentorista, o trabalho com os Missionários Leigos. Não é um livro
propriamente biográfico. A maioria do material apresentado é fruto da
colaboração dos parentes, conhecidos e companheiros da missão. Entre eles
elenco as seguintes pessoas entre as quais:
- fui criado e educado (família),
- me formei (Escola Primária e
Escola Técnica de Petróleo),
- amadureci na vida cristã e
consagrada (Missionários Redentoristas),
- trabalhei por vários anos
(Pastoral Vocacional, paroquia e santuário em Arraial da Ajuda e Nossa Senhora
da Piedade, em Itabuna),
- ajudei na formação (Missionários
Leigos e os devotos de Nossa Senhora),
- gastei a vida lutando pelos seus
direitos (moradores da favela Malvinas, os índios Pataxós, moradores das
periferias de Itabuna e Arraial da Ajuda),
- anunciei o Evangelho e celebrei
os sacramentos (romeiros no santuário Bom Jesus
da Lapa, e membros das comunidades
onde preguei as Santas Missões).
Aqui tudo começou . Desznica é um
povoado situado no Sul da Polônia. Nos anos 60 pertencia ao município de Nowy
Żmigród, o estado de Rzeszów, diocese de Przemysl (hoje pertence ao estado
Podkarpacie e a diocese de Rzeszów). Nasci no dia 14 de março de 1963 em Nowy
Żmigród como o quarto filho de Stanisławy e Jan Grzywacz. Frequentei a Escola
Primária em Desznica. A catequese tive na casa paroquial da paróquia da
Imaculada Conceição, também, em Desznica, e meu catequista foi o próprio
pároco, padre Zygmunt Polityński. Fui batizado no dia 21 de abril de 1963, em
Desznica, pelo padre Tadeusz Wójcicki, na época o vigário daquela paróquia.
Quando eu era o aluno da segunda série recebi
a Primeira Comunhão. Durante vários anos fui o coroinha na minha igreja
paroquial. O sacramento da Confirmação recebi no dia 16 de setembro de 1975.
Frequentei a Escola Primária no meu povoado Desznica e a sétima e oitava séries
fiz em Katy que fica distante uns 5 quilômetros (fazia isso diariamente de
bicicleta).
O meu Segundo Grau fiz na Escola
Técnica, com a especialização em conserto de máquinas pesadas da área de
petróleo. Naquele tempo, durante cinco anos, morava no internato, na cidade de
Krosno. Eu gostava, e andava muito de bicicleta conhecendo toda a parte Sul da
Polônia. Fiz, junto com o meu amigo José Such, uma excursão de 2400
quilômetros, de bicicleta ao redor do país, nas fronteiras com a República
Russa, Mar Báltico, Alemanha e Tecoslováquia. Frequentei a catequese nos
Capuchinhos e Michaelitas. Durante uma visita a minha família encontrei os
missionários redentoristas pregando as Santas Missões na minha paróquia. Aí
encontrei os primeiros redentoristas: Pe. Karol Barnas e Pe. Jan Igielski.
Depois da Missa do Encerramento fui conversar com eles e me deram um folder
vocacional. Em 1984 entrei na Congregação Redentorista em Tuchów, na Polônia.
Depois do noviciado, em Lubaszowa, continuei os estudos de filosofia. Em 1988
viajei para o Brasil.
O presente livro “Eu sou José,
vosso irmão. 32 anos de evangelização na Bahia” tem uma longa história. Os
primeiros depoimentos comecei a juntar no ano 2008. Estando na Polônia para o
“Ano sabático” (2018/19) dediquei o meu tempo para traduzir os quatros livros
da “Novena Perpétua”, de português para polonês. Consegui terminar todo o
material e entreguei à editora “Homo Dei”, em Cracóvia. Também já está pronto o
livro “Ja jestem Józef, wasz brat”. A composição do livro tem o seguinte
esquema: no início coloco os mapas, depois vem quatro capítulos “familiares”:
- sobre o povoado de Desznica e a
família Grzywacz,
- os depoimentos da Polônia, do
tempo da Escola Primária e do seminário,
- os depoimentos brasileiros de
Salvador, Senhor do Bonfim, Arraial da Ajuda, Bom Jesus da Lapa, Itabuna, Feira
de Santana,
- sobre a família redentorista.
No capítulo seguinte estão os
artigos escritos anteriormente e publicados em várias plataformas. Como anexos
achamos por bem, colocar a lista dos voos nacionais e internacionais, a lista
das Santas Missões que preguei. No fim estão as datas ligadas a vida
missionária e a árvore genealógica da família Grzywacz.
Agradeço
a todas às pessoas que encontrei no caminho da minha vida e minha vocação. O
meu “muito obrigado” as pessoas amigas que fizeram por escrito o seu
depoimento. O meu pedido teve o caráter genérico: “quando e como conheci o
missionário José? ” Mais de 80% deste livro é composto por esses depoimentos e
testemunhos. São mais de 80 co-autores: os meus familiares, amigos e
conhecidos. O material, sem censura, e com o estilo próprio dos autores
ajudou-me a olhar esses 32 anos de serviço na Bahia e encoraja-me a cantar o
hino de gratidão, a exemplo de Maria: “O senhor fez em mim maravilhas” (Lc
1,49).
valeu........
OdpowiedzUsuń