Os Santos
falaram de Nossa Senhora
Os santos
são venerados pela Igreja com piedade e amor. Revelam a bondade e a vitória do
próprio Deus que os santificou. “Deus venceu não só em Cristo. Venceu também
nos seus membros, naqueles que creram em Cristo e dele deram testemunho. Eis
por que Deus é admirável não só em Cristo, mas tam
bém nos santos” (Fr. Alberto
Beckhäuser, liturgista brasileiro).
s santos
também falaram de Maria, a Mãe de Jesus Cristo. Tiveram devoção especial por
ela e lhe tributaram honra e valor em seus escritos. Deram testemunho valoroso
de Nossa Senhora. “Houve algum que não falou de Maria? Não a invocou? Se Jesus
foi encontrado nos braços de Maria, alguém poderia chegar a Jesus, ser santo,
se não por Maria? Esse é o testemunho de todos os santos” (Mons. José Lélio
Mendes Ferreira, escritor mariano).
São
Bernardo (1090-1153), da Ordem Cisterciense, participou em todo o movimento
mariano de seu tempo. Compôs várias obras marianas, com vários sermões sobre o
papel de Maria no plano da salvação. Escreveu: “Se perturbado pelas culpas que
pesam na consciência, atemorizado pelo terror do juízo, começas a afogar-te no
abismo da tristeza, nos perigos, nas angústias, nas dúvidas, pensa em Maria,
invoca Maria. Nunca ela se aparte de teu coração; e para que possas alcançar o
auxílio das suas súplicas, não deixes nunca o exemplo da sua vida”.
São
Francisco de Assis (1182-1226), fundador da Ordem dos Frades Menores (Franciscanos),
abraçou a pobreza e a simplicidade para seguir mais perfeitamente o exemplo de
Cristo. Afirmou: “Quando digo Ave, Maria, os céus sorriem, os anjos rejubilam,
o mundo se alegra, treme o inferno, e fogem os demônios. Vós sois, ó Maria, a
Filha do Altíssimo Pai Celestial, a Mãe de nosso Senhor Jesus Cristo e a Esposa
do Divino Espírito Santo”.
Santa
Isabel (1270-1336), rainha de Portugal, dedicou uma atenção especial aos pobres
e doentes. Nas dores da agonia, ela repetia esta jaculatória: “Ó Maria, Mãe das
Graças, Mãe de Misericórdia, defendei-me contra o espírito maligno e recebei-me
na hora da morte”. Trezentos anos depois da morte, seu corpo foi encontrado
intacto.
Santa
Beatriz da Silva (1424-1490), fundadora das Monjas Concepcionistas, consagrou
sua virgindade a Nossa Senhora mesmo antes de ser religiosa. Conseguiu salvar
sua vida por proteção da Virgem Maria, quando foi fechada num caixão durante
três dias, por ordem da rainha Isabel, esposa do rei João de Castela, a quem
servia como dama de honra. Sob a inspiração de Maria Imaculada, fundou a Ordem
de estrita clausura. Em sua alma ardiam três amores: o amor a Maria Imaculada,
a Paixão de Jesus Cristo e a Santíssima Eucaristia. Exprimia: “Eu me consumi de
zelo pela glória de minha Mãe Imaculada e ela me livrou de muitas tribulações”.
São
Francisco Xavier (1506-1552), jesuíta, desenvolveu a missão evangelizadora
entre os povos da Ásia. Expressava-se assim: “Tenho encontrado o povo rebelde
em receber o Evangelho, todas as vezes em que ao lado da cruz do Salvador
esqueci-me de colocar a venerada figura de sua Mãe”.
Santa
Tereza d’Ávila (1515-1582), reformadora do Carmelo, deixou-nos obras imortais:
“O Caminho de Perfeição”, “As Moradas” e “A Autobiografia”. Fez belíssima
oração mariana: “Mãe de Misericórdia, eu vos escolho para serdes minha mãe.
Aceitai esta pobre orfãzinha no número de vossas filhas!”.
Acometido
por uma febre letal, São João Berchmans (1599-1621), ao perceber o fim
iminente, segurou nas mãos o crucifixo, o livro da Regra da Companhia de Jesus
e o rosário, e disse aos presentes: “São estes os meus três tesouros, em cuja
companhia quero morrer”. Beijou-os com reverência e, depositando-os sobre o
peito, repetiu até o último suspiro: “Jesus, Maria!”. Afirmou: “Não me
abandoneis, Maria, não confundais as minhas esperanças, sou vosso filho, sabeis
que o jurei. Agora posso morrer!”.
Santo
Afonso Maria de Ligório (1696-1787), fundador da Congregação do Santíssimo
Redentor, teve uma devoção toda particular para com a Imaculada Conceição. Eco
e testemunho de sua devoção mariana são os cânticos populares, dos quais o mais
célebre é “Ó minha bela esperança”. Pintor da “Madona”, escreveu o famoso livro
“As Glórias de Maria”, publicado em dois volumes em 1750. Escreveu: “Minha
esperança é Jesus Cristo, e depois dele, Maria Santíssima”.
Santo Antônio
Maria de Claret (1807-1870), fundador da Congregação dos Missionários Filhos do
Imaculado Coração de Maria, foi arcebispo de Santiago de Cuba, cujo pastoreio
colocou sob a proteção de Maria Santíssima no Santuário Nacional de Nossa
Senhora do Cobre. Ao seu nome de batismo acrescentou o de Maria, argumentando
que “Nossa Senhora é minha mãe, minha madrinha, minha mestra, meu tudo, depois
de Cristo”. Escreveu: “Embora tenhamos de viver num século tão corrompido como
o nosso, seremos rosa no meio dos espinhos, se nos acolhermos ao Coração de
Maria”.
Em todos os
tempos, os santos deixaram-nos um testemunho marcante de sua devoção mariana.
Os seus escritos transparecem o amor muito profundo e esclarecido que tinham
para com a Mãe de Jesus. Evidenciam uma relação muito afetuosa e próxima para
com Nossa Senhora.
ESCRITO POR-
Pe. Eugênio Bisinoto, C.Ss.R.
Redentorista
da Província de São Paulo, formado em filosofia e teologia. Atuou como
formador, trabalhou no Santuário Nacional, onde foi diretor da Academia Marial.
Komentarze
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Nieustanne potrzeby??? Nieustająca Pomoc!!!
Witamy u Mamy!!!