A Igreja Católica e a Idolatria - Diferença de culto (latria, dulia e
hiperdulia)
Alguns protestantes confundem o
culto que os católicos tributam aos santos com o culto que se deve a Deus. Para
introduzir o assunto da intercessão dos santos é necessário esclarecer a
diferença que existe entre os cultos de "dulia",
"hiperdulia" e "latria".
Em grego, o termo
"douleuo" significa "honrar" e não "adorar".
No sentido verbal, adorar (ad
orare) significa simplesmente orar ou reverenciar a alguém.
A Sagrada Escritura usa o termo
"adorar" em várias acepções, tanto no sentido de douleuo como de
latreuo, como demonstrarei através da "Vulgata", Bíblia católica
original e escrita em latim.
"Tu adorarás o teu Deus"
(Mt 4, 10), "Abraão, levantando os olhos, viu três varões em pé, junto a
ele. Tanto que ele os viu, correu da porta da tenda a recebê-los e prostrando
em terra os adorou" (Gn. 18,2).
Eis os dois sentidos bem indicados
pela própria Bíblia: adoração suprema, devida só a Deus; adoração de
reverência, devida a outras pessoas.
A Igreja católica, no seu ensino teológico,
determina tudo isso com uma exatidão matemática.
A adoração, do lado de seu objeto,
divide-se em três classes de culto:
1. culto de latria (grego: "latreuo") quer dizer adorar - É o
culto reservado a Deus
2. culto de dulia (grego: "douleuo") quer dizer honrar.
3. culto de hiperdulia (grego: hyper, acima de; douleuo, honra) ou acima
do culto de honra, sem atingir o culto de adoração.
A latria é o culto que se deve
somente a Deus e consiste em reconhecer nele a divindade, prestando uma
homenagem absoluta e suprema, como criador e redentor dos homens. Ou seja,
reconhecer que ele é o Senhor de todas as coisas e criador de todos nós, etc.
O culto de dulia é especial aos
santos, como sendo amigos de Deus.
O culto de hiperdulia é o culto
especial devido a Maria Santíssima, como Mãe de Deus.
Alguns protestantes protestam
dizendo que toda a "inclinação", "genuflexão", etc, é um
ato eminentemente de "adoração", só devido à Deus.
Já demonstramos, com o trecho do Gênesis,
que isso não procede. Todavia, para deixar mais claro o problema, devemos
recordar que o culto de "latria" (ou de "dulia") é um ato
interno da alma.
A adoração é, eminentemente, um ato
interior do homem, que pode se manifestar de formas variadas, conforme as
circunstâncias e as disposições de alma de cada um.
Os atos exteriores - como
genuflexão, inclinação, etc -, são classificados tendo em vista o
"objeto" a que se destinam. Se é aos santos que se presta a
inclinação, é claro que se trata de um culto de dulia. Se é a Deus, o culto é
de latria.
Aliás, a inclinação pode ser até um
ato de agressão, como no caso dos soldados de Pilatos que, zombando de Nosso
Senhor, "lhe cuspiram no rosto e, prostrando-se de joelhos, o
adoraram" (Mc 15, 19).
A objeção protestante, dessa forma,
cai por terra. Ou eles teriam que afirmar que havia uma "adoração"
por parte dos soldados de Pilatos, o que é absurdo! Eles simulavam uma adoração
(ou veneração ao "Rei dos Judeus), através de atos exteriores, mas seu
desejo era de zombaria.
Fonte: Arquidiocese de Campo Grande
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OdpowiedzUsuńOk. Qual é o problema mesmo?
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