Discurso do Papa foi entregue aos bispos de Moçambique - AFP
09/05/2015
Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco recebeu na manhã deste sábado
(09/05) os Bispos da Conferência Episcopal de Moçambique, em visita ad Limina.
Na audiência, estavam presentes 18 prelados, entre os quais o brasileiro Dom
Luiz Fernando Lisboa, Bispo de Pemba.
Em seu discurso, o Papa recorda a missão do pastor em sua comunidade, e
sua plena disponibilidade ao rebanho. De modo especial, pede que os Bispos
reservem uma atenção particular aos sacerdotes. “O tempo gasto com eles nunca é
tempo perdido.”
Francisco ressalta ainda o trabalho de inúmeros consagrados, solicitando
que neste Ano da Vida Consagrada “elevem-se a Deus ações de graças e louvores
pelo testemunho de fé e serviço que os religiosos e as religiosas oferecem nos
diversos setores da vida eclesial e social, nomeadamente na atenção e
solicitude pelos pobres e todas as misérias humanas, materiais, morais e
espirituais”.
Periferias existenciais
Quanto aos fiéis, o Papa recomenda que os Bispos estejam nas periferias
das dioceses e em todas as “periferias existenciais” onde há sofrimento,
solidão e degrado humano. Um bispo, recordou, deve viver em meio aos fiéis,
residir na diocese e se rodear de organismos diocesanos que o auxiliem em suas
tarefas.
Referindo-se a toda a Igreja, para o Pontífice os pastores e os fiéis de
Moçambique precisam desenvolver mais a cultura do encontro. “Como não pensar
aqui nas vítimas das calamidades naturais? Estas não cessam de semear
destruição, sofrimento e morte – como ainda há pouco, infelizmente, fomos
testemunhas –, aumentando o número de deslocados e refugiados. Estas pessoas
precisam que partilhemos a sua dor, as suas ânsias, os seus problemas. Precisam
que as olhemos com amor; é preciso ir ao encontro delas, como fazia Jesus.”
Cultura do encontro
Ao alargar o olhar ao país inteiro, o Papa afirma que, diante dos
desafios atuais de Moçambique, é preciso promover em maior medida a cultura do
encontro.
“As tensões e os conflitos minaram o tecido social, destruíram famílias
e sobretudo o futuro de milhares de jovens. O caminho mais eficaz para
contrastar a mentalidade de prepotência e as desigualdades, bem como as
divisões sociais, é investir no campo de «uma educação, que ensine os jovens a
pensar criticamente e ofereça um caminho de amadurecimento nos valores»
(Evangelii gaudium, 64). Aos problemas sociais, responde-se com redes comunitárias.”
O Papa conclui seu discurso com palavras de encorajamento: “Quando
tivermos de partir para uma periferia extrema, talvez nos assalte o medo; mas
não há motivo! Na realidade, Jesus já está lá; Ele espera-nos no coração
daquele irmão, na sua carne ferida, na sua vida oprimida, na sua alma sem fé.
Jesus está lá naquele irmão. Ele sempre nos precede; sigamo-Lo! Tenhamos a
audácia de abrir estradas novas para o anúncio do Evangelho”.
Komentarze
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Nieustanne potrzeby??? Nieustająca Pomoc!!!
Witamy u Mamy!!!