Publicado
em: 15/04/2015
Pe. Valdivino Guimarães, CSsR
“As
gerações vindouras tecerão corôa
Sobre
o nome do santo e do poeta
Enquanto
um hino triunfal ressôa,
Levando
ao mundo este só nome: Anchieta!”
Se não fosse a reta intenção de aguardar o
momento certo, confesso que teríamos que nos penitenciar pelo fato de não
termos feito alusão ao nosso querido santo mariólogo por ocasião do primeiro
ano de sua canonização, a saber, São José de Anchieta. Podemos dizer que a
Igreja se tornou mais bonita por mais um santo à honra dos altares. E como não
poderia ser? Como não bendizer um grande homem que com tenra idade recebe em
seu coração o selo da vocação e se lança na “escuridão” de uma caminhada que o
levaria para bem longe de sua terra e dos seus? Não temos outra resposta senão
a paixão enlouquecida pelos pequenos e pelo Reino de Deus.
Assim
escreveu o SS Padre em sua homilia na celebração eucarística em ação de graças
pela canonização de S. José de Anchieta:
“Também
São José de Anchieta soube comunicar o que ele mesmo experimentara com o
Senhor, aquilo que tinha visto e ouvido dele; o que o Senhor lhe comunicava nos
seus exercícios. Ele, juntamente com Nóbrega, é o primeiro jesuíta que Inácio
envia para a América. Um jovem de 19 anos… Era tão grande a alegria que ele
sentia, era tão grande o seu júbilo, que fundou uma Nação: lançou os
fundamentos culturais de uma Nação em Jesus Cristo. Não estudou teologia,
também não estudou filosofia, era um jovem! No entanto, sentiu sobre si mesmo o
olhar de Jesus Cristo e deixou-se encher de alegria, escolhendo a luz. Esta foi
e é a sua santidade. Ele não teve medo da alegria.”
José
de Anchieta nasceu em S. Cristovam da Laguna, na Ilha de Tenerife, no ano de
1534. Desde cedo, com o empenho do pai, inicia os estudos na universidade de
Coimbra. Aos 17 anos ingressa na Companhia de Jesus. E já muito menino, se
consagra à Virgem Mãe de Deus, a quem ele dedica muito de sua vida missionária
propagando seu nome por meio de sua catequese e poesias.
Aos
20 anos de idade, recebe ordem para embarcar para uma terra que estava sendo
desbravada: a Terra de Santa Cruz, mais tarde Brasil, onde sua missão espalhou
raízes e para muitos descortinou as maravilhas do catolicismo. No ano de 1953 desembarcou
em terras tupiniquins, mais precisamente na Bahia e seguiu para S. Vicente. Foi
um dos fundadores do Colégio Piratininga em torno do qual surgiria tão logo a
cidade de S. Paulo. Foi ousado, começando a se dedicar a educação das crianças
e na catequese dos indígenas.
Em
vista de seu trabalho missionário, muitas vezes sua vida foi colocada em risco,
não fosse a proteção divina, as consequências seriam fatais. Recorria sempre à
proteção maternal de Maria. Era o missionário da Virgem Maria e a Virgem Maria
era dele também. Era o místico do ordinário, das plantas, dos animais, dos
índios, das praias. É famoso seu poema na areia dedicado a Nossa Senhora, era
uma forma de buscar a proteção maternal da Mãe de Deus. Por seu grandioso amor
pela Virgem, ficou conhecido como o primeiro mariólogo do Brasil, talvez não no
sentido acadêmico, mas no do amor e subserviência.
Foi
ordenado sacerdote no ano de 1565. Prestou relevante serviço em prol da
fundação da cidade do Rio de Janeiro. Foi superior e provincial e contava
sempre com a admiração de portugueses e índios, ao ponto de ser chamado de
apóstolo santo. Já tomado pelo cansaço de sua árdua e exigente missão, passou
um tempo no Rio de Janeiro, mais tarde retirou-se para a Capitania do Espírito
Santo onde veio a falecer no ano de 1597.
S.
José de Anchieta, pelo nosso Brasil!
Pe. Valdivino Guimarães, CSsR
Diretor
da Academia Marial de Aparecida
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Nieustanne potrzeby??? Nieustająca Pomoc!!!
Witamy u Mamy!!!