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Sentido do culto mariano

CULTO MARIANO

1.   Sentido do culto mariano

** O culto mariano é a honra que nós, cristãos, prestamos a Virgem Maria.
-   O vocábulo “culto” procede do latim, “cultus”, que significa honra, homenagem, veneração e reconhecimento.
-   Esse vocábulo deriva do verbo “colere”, que significa cultivar, cuidar e tratar.
-   Ademais, o verbo “colere” também denota honrar e venerar.
-   Assim, o culto mariano é o reconhecimento, a admiração e o amor que nós dedicamos a Nossa Senhora.

2.   Natureza do culto mariano

** O culto mariano é veneração singular da Virgem Maria, distinguindo-se do culto divino e do culto dos santos e anjos.

2.1.  Culto divino


** O culto mariano difere essencialmente de culto divino.
-   O culto divino é a adoração que tributamos exclusivamente a Deus (“latria” = adoração).
-   O objeto central do culto divino é a Santíssima Trindade, por sua excelência incriada e infinita.
-   A adoração é a atitude de total submissão e dependência a Deus, porque Ele é o Criador e o Senhor.
-   Assim, nós não podemos adorar a Virgem Maria, pois ela não é uma divindade, mas uma criatura, filha de Deus, redimida pelo Cristo e santificada pelo Espírito Santo.

2.2.  Culto dos santos e anjos

** O culto mariano distingue do culto dos santos e anjos.
-   Na Igreja, o culto dos anjos e dos santos é a veneração que tributamos a eles, que estão no céu, por causa da excelência sobrenatural de sua graça e de suas virtudes (“dulia” = veneração).
-   Nós veneramos os santos, em reconhecimento de sua vida de entrega e união a Deus, e honramos os anjos por serem servos de Deus.
-   Em nossas preces, nós cultuamos os santos e anjos, porque podem interceder por nós junto a Deus, fonte de todos os bens, graças e benefícios de que necessitamos.
-   Por ser a mais excelsa das criaturas, que está acima de todos os santos e anjos, nós prestamos culto particular a Nossa Senhora.

2.3.  Culto da Virgem Maria

** O culto da Virgem Maria é a veneração especial que nós, cristãos, prestamos a ela.
-   A tradição da Igreja qualificou o culto mariano como “hiperdulia”, que é uma palavra grega composta.
-   O termo “hiper” (“hyper”, grego) significa além, mais, especial, singular, enquanto “dulia” (“douléia”, grego) quer dizer veneração.
-   Assim, a hiperdulia é a forma técnica do culto da Igreja a Nossa Senhora.
-   Portanto, o culto mariano é a veneração particular que se deve a Maria, por causa de sua singular dignidade de Mãe de Deus e de Mãe dos seres humanos.

3.   Finalidades do culto mariano: próxima e última

** O culto mariano tem duas finalidades principais: próxima e última.
-   A finalidade próxima do culto mariano é honrar a Virgem Maria com convicção, consciência e afeição.
-   A finalidade última do culto mariano honrar a Deus como Criador e Senhor a partir de Nossa Senhora e através dela.
-   Por isso, o culto mariano não dificulta a honra de Deus, mas a favorece e a reforça.
-   Assim, o culto mariano ressalta as maravilhas que o Senhor fez na vida toda de Maria, sempre dedicada a Jesus e à sua obra salvadora.

4.   Culto mariano: interno e externo

** O culto mariano pode ser interno e externo.
-   O culto mariano interno é prestado a Virgem Maria mediante as faculdades da razão, da vontade e do coração.
-   Pelo culto mariano interno, nós entendemos, aceitamos e amamos Nossa Senhora, de tal modo que nos ligamos pessoalmente a ela.
-   O culto mariano externo é a expressão corporal e visível de nossa estima interna por Nossa Senhora, porque somos seres espirituais e materiais.
-   Assim, o culto mariano externo abrange um conjunto de palavras, gestos, símbolos, sinais e objetos em que manifestamos exterior e publicamente nossa honra para com Nossa Senhora.

5.   Culto mariano: absoluto e relativo

** O culto mariano pode ser absoluto e relativo.
-   O culto mariano absoluto dirige-se imediata e diretamente à pessoa de Maria.
-   O culto mariano relativo dirige-se mediata e indiretamente a Nossa Senhora, pois se honra a pessoa dela através dos objetos que a representam.
-   Os objetos, que apresentam sensível e artisticamente o mistério de Nossa Senhora, podem ser imagens, ícones, estampas, telas, quadros, estátuas, monumentos, relíquias e outros.
-   Assim, quando olhamos e contemplamos os objetos que se referem à Virgem Maria, estamos nos dirigindo à aquela que eles representam.
6.   Fundamentos do culto mariano
** Em seus documentos e reflexões teológicas, a Igreja apresenta três fundamentos (argumentos) que demonstram como o culto mariano é plenamente legítimo e como deve ser colocado entre os deveres religiosos do povo de Deus (Concílio Vaticano II. L. G., no. 66).
6.1.  Fundamento bíblico

** O culto mariano fundamenta-se nas Sagradas Escrituras.
-   O culto mariano não brotou de emoções religiosas ou de carências afetivas da psicologia humana.
-   Mas, o culto mariano firma-se na Bíblia.
O “culto à Virgem Maria tem raízes profundas na Palavra revelada” (Paulo VI. O Culto da Virgem Maria, no. 56).
-   O Evangelho de Lucas registra que o arcanjo Gabriel não só transmite à Maria de Nazaré a proposta de ser Mãe do Salvador, mas lhe dirige palavras profundas e belas, que traduzem admiração e louvor:
“Alegra-te, cheia de graça! O Senhor está contigo... Não tenhas medo, Maria! Encontraste graças junto de Deus... O Espírito Santo descerá sobre ti, e o poder do Altíssimo te cobrirá com sua sombra” (Lc 1,28-35).
-   Cheia do Espírito Santo, Santa Isabel exalta a grandeza da pessoa e da conduta de Maria:
“Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto de teu ventre! Como mereço que a mãe do meu Senhor venha me visitar? Logo que a tua saudação ressoou nos meus ouvidos, o menino pulou de alegria no meu ventre. Feliz aquela que acreditou, pois o que lhe foi dito da parte do Senhor será cumprido!” (Lc 1,42-45).
São palavras bíblicas que antecipam a veneração futura veneração da Igreja, expressa na oração da Ave-Maria.

Mulher anônima em Lucas

** No Evangelho de Lucas a voz da mulher anônima, que permaneceu estática e admirada diante das palavras e ações de Jesus Cristo, manifesta a exaltação da Mãe do Salvador.
-   Enquanto Jesus pregava, a mulher levantou voz e lhe disse:
“Feliz o ventre que te trouxe e os seios que te amamentaram” (Lc 11,27).
-   Este louvor da Mãe de Jesus é apenas indireto, mas muito significativo por nascer justamente da exaltação do Salvador, fato esse que constitui o verdadeiro motivo da exclamação da mulher anônima.
-   Por isso, indica que o culto mariano redunda em louvor a Deus, uma vez que as funções e os privilégios de Maria Santíssima têm como fim Jesus Cristo, origem de toda a verdade, a santidade e a devoção.
Magnificat

** No canto do Magnificat encontramos o testemunho profético da própria Maria, que revela a sua consciência clara das conseqüências maravilhosas, que decorriam da intervenção de Deus na sua humilde existência humana.
-   Declara Nossa Senhora:
“Todas as gerações, de agora em diante, me chamarão de feliz, porque o Todo-Poderoso fez para mim grandiosas coisas” (Lc 1,48).
-   Tal texto é citado pelo magistério da Igreja como justificativa do culto mariano.
-   O próprio Magnificat é canto que faz parte da liturgia cristã e da piedade do povo de Deus.

Evangelho de Mateus

** O magistério da Igreja vê no texto do Evangelho de Mateus a legitimidade do culto mariano.
-   O magistério expõe o seguinte argumento: nele Maria é apresentada como a Virgem Mãe do Emanuel, o Deus-Conosco (Is 7,14), que vem para salvar o povo de seu pecado (Mt 1,21-23).
-   Se ela é Mãe do Deus Salvador, logo Maria tem direito a um louvor e a uma veneração especiais.

Evangelho de João

** O magistério da Igreja também extrai do Evangelho de João o fundamento bíblico do culto mariano.
-   Pregado na cruz, Jesus Cristo, sofrendo pela salvação da humanidade, entrega sua Mãe ao apóstolo São João (Jo 19,25-27).
-   A tradição contempla nesse gesto o fato do Salvador entregar Maria, na pessoa de João, a todos os cristãos, membros da Igreja, como seus filhos espirituais.
-   A maternidade divina de Nossa Senhora é ampliada para a maternidade espiritual.
-   Por isso, em atenção à vontade de Jesus, o cristão é convidado a estabelecer um relacionamento cada vez melhor e mais profundo de devoção e de amor filial para com sua Mãe.

Raiz bíblica do culto mariano

** Assim, o culto mariano enraíza-se na Palavra Deus, contida na Bíblia.
-   Os argumentos bíblicos são aptos para demonstrar o fundamento sólido e seguro sobre o qual repousa o culto mariano.
-   Embora não sejam numerosos, são suficientes para firmar a legitimidade e o valor que a Igreja efetuar para firmar e desenvolver sua veneração especial para com a Virgem Santíssima.
-   Por isso, é legítimo o culto que prestamos à Mãe de Jesus.

6.2.  Fundamento histórico

** O culto mariano tem sido uma prática constante na história da Igreja, desde as origens do cristianismo.
-   O culto mariano “sempre existiu na Igreja” (Concílio Vaticano II. L. G., no. 66).
-   Os cristãos veneram a Mãe de Jesus desde a antiguidade da Igreja.
-   Os evangelhos e escritos neotestamentários registram e celebram a memória da pessoa e missão de Maria na história da salvação (Lc 1,26-38.48;At 1,14;Gl 4,4).
-    
Primeiros testemunhos do culto mariano
** Nos primeiros séculos do cristianismo, as ciências humanas constatam os testemunhos do culto mariano, que são muito significativos, muito embora fragmentados.
-   A arqueologia testemunha um antiqüíssimo culto de Maria, a Mãe do Messias, sobretudo em Nazaré e Belém.
-   De especial importância é a breve e belíssima oração mariana, “À vossa proteção”, que remonta ao início do século III, no Egito, mostrando a atitude de veneração, estima e confiança dos cristãos para com a Mãe de Deus.
-   Tal prece, a mais antiga que conhecemos, é conservada num pequeno fragmento de papiro egípcio, medindo 18 por 9,4 cm.
-   A fórmula da oração é a seguinte:
À vossa proteção nos refugiamos, Santa Mãe de Deus, não desprezeis as nossas súplicas em nossas necessidades, mas livrai-nos sempre de todos os perigos, ó Virgem gloriosa e bendita. Amém”.

Orações, hinos, pinturas, fórmulas de fé e escritos

** As comunidades cristã antigas veneram a Mãe de Jesus por meio de orações, hinos, pinturas, fórmulas de fé e escritos.
-   Nas catacumbas de Priscila (Roma), há um afresco rudimentar da Virgem Maria com o menino Jesus ao centro e, à esquerda, o profeta Balaão apontado para a estrela, situada em cima (Nm 24).
-   É a mais antiga imagem da Mãe de Jesus, do início do século III.
-   No Credo Apostólico, que é antiga profissão de fé originária da comunidade cristã de Roma, formulado entre os anos 150 e 400, há a expressão mariana: “nascido da Virgem Maria”.
-   Procedente do século IV, no Oriente, o Acatisto é um hino venerável à Mãe de Deus, composto por 24 estrofes.

Escritos patrísticos e apócrifos
** Na Igreja antiga, temos ainda os escritos patrísticos e apócrifos que abordam Maria, a Mãe de Jesus.
-   Os escritos patrísticos são textos dos Padres da Igreja, que são os autores cristãos antigos que se estendem até o século VIII, cuja vida e obra têm uma autoridade reconhecida pela Igreja.
-   Há belíssimas referências a Maria nos primeiros séculos, em forma de homilias, hinos, comentários bíblicos e orações.
-   Surgem, também, muitos escritos apócrifos marianos, que elaborados em grande parte entre os séculos II e VIII.
-   Os principais apócrifos que contêm referências a Maria são: Protoevangelho de Tiago (século III), Evangelho da Natividade de Maria (século III), Evangelho Pseudo-Mateus (século IV), Livro de São João Evangelista, o teólogo, sobre a passagem de Santa Maria (século IV), Livro de São João, arcebispo de Tessalônica (século IV), História de José, o carpinteiro (séculos IV e V), Evangelho armênio da Infância (século VI) e Trânsito de Maria do Pseudo-Militão de Sardes (século VI).
Festas, basílicas e dogmas marianos
Nos séculos IV e VI são construídas as basílicas dedicadas a Nossa Senhora e se estabelecem as festas marianas.
-   Ao declarar solenemente o dogma da maternidade divina de Maria, o Concílio de Éfeso (431) ajudou a fomentar e intensificar o culto mariano.
-   A proclamação do dogma da maternidade divina de Maria foi decisiva para a presença de Maria na liturgia, tanto nos textos eucológicos (orações) como hinários.
-   No século V temos a dedicação da Basílica de Santa Maria Maior, por obra do Papa Sixto III (432-440).
Culto mariano no primeiro milênio
** No primeiro milênio o culto mariano se desenvolveu e se configurou paulatinamente.
-   A Igreja gestou uma reflexão centrada no conjunto da fé cristã.
-   Não havia um tratado mariano em separado.
-   Os autores cristãos fazem pregações e catequeses sobre Jesus Cristo, nas quais fazem referências a Maria.
-   Em 679, o Concílio de Latrão preconizou o dogma da virgindade perpétua de Maria.


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