MARIA COMO MODELO
1 MODELO
DE ESPERANÇA
§
64 Por meio dos profetas, Deus forma
seu povo na esperança da salvação, na expectativa de uma Aliança nova e eterna
destinada a todos os homens[fca1],
e que será impressa nos corações[fca2].
Os profetas anunciam uma redenção radical do Povo de Deus, a purificação de
todas as suas infidelidades[fca3],
uma salvação que incluirá todas as nações[fca4].
Serão sobretudo os pobres e os humildes do Senhor [fca5]os
portadores desta esperança. As mulheres santas como Sara, Rebeca,
Raquel, Míriam, Débora, Ana, Judite e Ester mantiveram viva a esperança da
salvação de Israel. Delas todas, a figura mais pura é a de Maria[fca6].
2 MODELO
DE OBEDIÊNCIA DA FÉ
§ 144 I. A
obediência da fé
Obedecer
("ob-audire") na fé significa submeter-se livremente à palavra
ouvida, visto que sua verdade é garantida por Deus, a própria Verdade. Desta
obediência, Abraão é o modelo que a Sagrada Escritura nos propõe, e a
Virgem Maria, sua mais perfeita realização.
MARIA
"BEM-AVENTURADA A QUE ACREDITOU"
§
148 A Virgem Maria realiza da maneira mais
perfeita a obediência da fé. Na fé, Maria acolheu o anúncio e a
promessa trazida pelo anjo Gabriel, acreditando que "nada é impossível a
Deus" (Lc 1,37[fca7])
e dando seu assentimento: "Eu sou a serva do Senhor; faça-se em
mim segundo a tua palavra" (Lc 1,38). Isabel a saudou:
"Bem-aventurada a que acreditou, pois o que lhe foi dito da parte do
Senhor será cumprido" (Lc 1,45). É em virtude desta fé que todas as
gerações a proclamarão bem-aventurada[fca8].
§
149 Durante toda a sua vida e até sua última
provação[fca9],
quando Jesus, seu filho, morreu na cruz, sua fé não vacilou. Maria não deixou
de crer "no cumprimento" da Palavra de Deus. Por isso a Igreja
venera em Maria a realização mais pura da fé.
§
494 Ao anúncio de que, sem conhecer homem algum,
ela conceberia o Filho do Altíssimo pela virtude do Espírito Santo[a10], Maria
respondeu com a "obediência da fé[a11]",
certa de que "nada é impossível a Deus": "Eu sou a serva do
Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra" (Lc 1,37-38). Assim, dando à
Palavra de Deus o seu consentimento, Maria se tomou Mãe de Jesus e, abraçando
de todo o coração, sem que nenhum pecado a retivesse, a vontade divina de
salvação, entregou-se ela mesma totalmente à pessoa e à obra de seu
Filho, para servir, na dependência dele e com Ele, pela graça de Deus, ao
Mistério da Redenção[a12]:
Como
diz Santo Irineu, "obedecendo, se fez causa de salvação tanto para si como
para todo o gênero humano[a13]".
Do mesmo modo, não poucos antigos Padres dizem com ele: "O nó da
desobediência de Eva foi desfeito pela obediência de Maria; o que a
virgem Eva ligou pela incredulidade a virgem Maria desligou pela fé[a14]”.
Comparando Maria com Eva, chamam Maria de "mãe dos viventes" e
com freqüência afirmam: "Veio a morte por Eva e a vida por Maria[a15]”.
3 MODO
DE ORAÇÃO NO “FIAT” E NO “MAGNIFICAT”
§
2617 A oração de Maria nos é revelada na aurora
da plenitude dos tempos. Antes da Encarnação do Filho de Deus e antes da
efusão do Espírito Santo, sua oração coopera de maneira única com o plano
benevolente do Pai; na Anunciação para a concepção de Cristo[a16],
em Pentecostes para a formação da Igreja, Corpo de Cristo[a17].
Na fé de sua humilde serva, o Dom de Deus encontra o acolhimento que esperava
desde o começo dos tempos. Aquela que o Todo-Poderoso tornou "cheia de
graça" responde pela oferenda de todo seu ser: "Eis a serva do
Senhor, faça-se em mim segundo tua palavra". Fiat, esta é a oração
cristã: ser todo dele porque Ele é todo nosso.
§
2619 Por isso o cântico de Maria [a18](o
Magnificat latino ou o Megalynário bizantino) é ao mesmo tempo o cântico
da Mãe de Deus e o da Igreja, cântico da Filha de Sião e do novo Povo de Deus,
cântico de ação de graças pela plenitude de graças distribuídas na Economia da
salvação, cântico dos "pobres", cuja esperança é satisfeita pela
realização das promessas feitas a nossos pais "em favor de Abraão e
de sua descendência para sempre".
4 MODELO
DE SANTIDADE
§
2030 É em Igreja, em comunhão com todos os batizados, que o
cristão realiza sua vocação. Da Igreja recebe a palavra de Deus, que contém os
ensinamentos da "lei de Cristo[a19].
Da Igreja recebe a graça dos sacramentos, que o sustenta "no
caminho". Da Igreja aprende o exemplo da santidade; reconhece a
figura e a fonte (da Igreja) em Maria, a Virgem Santíssima; discerne-a no
testemunho autêntico daqueles que a vivem, descobre-a na tradição espiritual e
na longa história dos santos que o precederam que a Liturgia celebra no ritmo
do Santoral.
5 MODELO
DE UNIÃO COM O FILHO
§
964 O papel de Maria para com a Igreja é
inseparável de sua união com Cristo, decorrendo diretamente dela (dessa união),
"Esta união de Maria com seu Filho na obra da salvação manifesta-se desde
a hora da concepção virginal de Cristo até sua morte[a20]."
Ela é particularmente manifestada na hora da paixão de Jesus:
A
bem-aventurada Virgem avançou em sua peregrinação de fé, manteve fielmente sua
união com o Filho até a cruz, onde esteve de pé não sem desígnio
divino, sofreu intensamente junto com seu unigênito. E com ânimo materno
se associou a seu sacrifício, consentindo com amor na imolação da vítima ela
por gerada. Finalmente, pelo próprio Jesus moribundo na cruz, foi dada como mãe
ao discípulo com estas palavras: "Mulher, eis aí teu filho" (Jo
19,26-27[a21]).
6 MODELO
E TESTEMUNHA DA FÉ
§
165 É então que devemos nos voltar para
as testemunhas da fé: Abraão, que creu, "esperando
contra toda esperança" (Rm 4,18); a Virgem Maria, que na
"peregrinação a fé[fca22]"
foi até a "noite da fé[fca23]",
comungando com o sofrimento de seu Filho e com a noite de seu túmulo [fca24]e
tantas outras testemunhas da fé: "Com tal nuvem de testemunhas ao nosso redor,
rejeitando todo fardo e o pecado que nos envolve, corramos com perseverança
para o certame que nos é proposto, com os olhos fixos naquele que é autor
e realizador da fé, Jesus" (Hb 12,1-2).
§
273 Somente a fé pode aderir aos caminhos
misteriosos onipotência de Deus. Esta fé gloria-se de suas fraquezas a fim de
atrair sobre si o poder de Cristo.[fca25] Desta
fé, a Virgem Maria é o modelo supremo, ela que acreditou que "nada
impossível a Deus" (Lc 1,37) e que pôde engrandecer o Senhor. "O
Todo-Poderoso fez grandes coisas em meu favor, seu nome é Santo" (Lc
1,49).
Komentarze
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Nieustanne potrzeby??? Nieustająca Pomoc!!!
Witamy u Mamy!!!