EM GUADALUPE - México -1531
Todos os escritos narrados
sobre as quatro aparições de Nossa Senhora de Guadalupe são inspirados no Nican
Mopohua, ou Huei Tlamahuitzoltica, escrito em Nahuatl, a linguagem Azteca, pelo
índio erudito Antônio Valeriano em meados do século XVI.
O que se divulga é uma cópia
publicada em Nahuatl por Luis Lasso de la Vega em 1649.
As
Aparições:
Dez anos depois da tomada da
Cidade do México, a guerra chegou ao fim e houve uma paz entre os povos. Desta
maneira começou a brotar a fé, o conhecimento do Deus Verdadeiro, por quem nós
vivemos. Neste tempo, no ano de mil quinhentos e trinta e um, nos primeiros
dias do mês de dezembro, aconteceu que havia um pobre índio, chamado Juan
Diego, inicialmente conhecido pelo nome nativo de Cuautitlan. No que diz
respeito às coisas espirituais, ele pertencia ao Tlatilolco.
Era sábado de madrugada, pouco
antes do amanhecer, ele estava em seu caminho, a seguir seu culto divino e
empenhado em sua tarefa. Ao chegar no topo da montanha conhecida como
Tepeyacac, o dia amanhecia e ele ouviu cantos acima da montanha,
assemelhando-se a cantos de vários lindos pássaros. De vez em quando, as vozes
cessavam e parecia que o monte lhes respondia. O som, muito suave e deleitoso,
sobre passava do "coyoltototl" e do "tzinizcan" e de outros
pássaros lindos que cantam. Juan Diego parou, olhou e disse para si mesmo:
“Porventura, sou digno do que
ouço? Será um sonho? Estou dormindo em pé? Onde estou? Será que estou agora em
um paraíso terrestre de que os mais velhos nos falam a respeito? Ou quem sabe
estou no céu?”.
Ele estava olhando para o
oriente, acima da montanha, de onde vinha o precioso canto celestial e então de
repente houve um silêncio. Então, ouviu uma voz por cima da montanha dizendo:
“Juanito,
Juan Dieguito.”
Ele com coragem foi onde o estavam
chamando, não teve o mínimo de medo, pelo contrário, encorajou-se e subiu a
montanha para ver. Quando alcançou o topo, viu uma Senhora, que estava parada e
disse-lhe para se aproximar.
Em Sua presença, ele
maravilhou-se pela Sua grandeza sobre humana. Seu vestido era radiante como o
sol, o penhasco onde estavam Seus pés, penetrado com o brilho, assemelhava-se a
uma pulseira de pedras preciosas e a terra cintilava como o arco-íris. As
"mezquites", "nopales", e outras ervas daninhas que ali
estavam, pareciam como esmeraldas, sua folhagem como turquesas e seus ramos e
espinhos brilhavam como ouro.
Ele inclinou-se diante Dela e
ouviu Sua palavra, suave e cortês, como alguém que encanta e cativa muito. Ela
disse-lhe:
” Juanito, o mais humilde dos
meus filhos, onde estás indo? “
Ele respondeu:
“Minha Senhora e Menina, eu
tenho que chegar à Sua igreja no México, Tlatilolco, para seguir as coisas
divinas, que nos dão e ensinam nossos sacerdotes, delegados de Nosso Senhor”.
Ela então lhe disse:
” Sabe e entende, tu é o mais
humilde dos meus filhos. Eu sou a Sempre Virgem Maria, Mãe do Deus Vivo por
quem nós vivemos, do Criador de todas as coisas, Senhor do céu e da terra. Eu
desejo que um templo seja construído aqui, rapidamente; então, Eu poderei
mostrar todo o meu amor, compaixão, socorro e proteção, porque Eu sou vossa
piedosa Mãe e de todos os habitantes desta terra e de todos os outros que me
amam, invocam e confiam em mim. Ouço todos os vossos lamentos e remédio todas
as vossas misérias, aflições e dores. E para realizar o que a minha clemência
pretende, vá ao palácio do Bispo do México e lhe diga que Eu manifesto o meu
grande desejo, que aqui neste lugar seja construído um templo para mim. Tu
dirás exatamente tudo que viste, admiraste e ouviste. Tem a certeza que ficarei
muito agradecida e te recompensarei. Porque Eu te farei muito feliz e digno da
minha recompensa, por causa do esforço e fadiga que terás para cumprir o que Eu
te ordeno e confio. Observa, tu ouviste minha ordem, meu humilde filho, vai e coloca
todo teu esforço.“
Neste ponto ele inclinou-se
diante Dela e disse:
“Minha Senhora, Eu estou indo
cumprir Tua ordem, agora me despeço de Ti, Teu humilde servo”.
Logo desceu para cumprir sua
tarefa e foi em linha reta pela estrada, até a Cidade do México.
Tendo entrado na cidade, sem
perder tempo, foi direto ao palácio do Bispo, que chegara recentemente e se
chamava Frei Juan de Zumarraga, um religioso Franciscano. Ao chegar, procurou
vê-lo, pediu ao criado para anunciá-lo. Esperou muito tempo. Quando entrou, se
ajoelhou e disse ao Bispo a mensagem da Nossa Senhora do Céu, bem como tudo que
havia visto, escutado e admirado. Mas após ouvir toda a conversa, o Bispo
incrédulo disse-lhe:
“Volte depois, meu filho e eu
lhe ouvirei com muito prazer. Eu examinarei tudo e pensarei no motivo pelo qual
você veio”.
Juan Diego saiu triste, porque
sua mensagem não se realizou de forma alguma.
Retornou no mesmo dia. Foi
diretamente ao topo da montanha, encontrou-se com a Senhora do Céu, que o
esperava no mesmo lugar, onde tinha aparecido. Vendo-A, prostrou-se diante Dela
e disse:
“Senhora, a Caçulinha de
minhas filhas, minha Menina, eu fui onde me mandaste para levar Tua mensagem,
como me havias instruído. Ele recebeu-me benevolentemente e ouviu-me
atentamente, mas quando respondeu, pareceu-me não acreditar. Ele disse:
"Volte depois, meu filho e eu o ouvirei com muito prazer. Examinarei o
desejo que você trouxe, da parte da Senhora".
Entendo pelo seu modo de
falar, que não acredita em mim e que seja invenção da minha parte, o Teu desejo
de construção de um templo neste lugar para Ti. E que isso não é Tua ordem. Por
isso eu, encarecidamente Te peço, Senhora e minha Criança, que instrua a alguém
mais importante, bem conhecido, respeitado e estimado para que acreditem.
Porque eu não sou ninguém, sou um barbantinho, uma escadinha de mão, o fim da
cauda, uma folha.
E Tu, minha Criança, a minha
filhinha caçula, minha Senhora, envias-me a um lugar onde eu nunca estive! Por
favor, perdoa o grande pesar e aborrecimento causado, minha Senhora e meu
Tudo.”
A Virgem Santíssima respondeu:
”Escuta, meu filho caçula,
deves entender que eu tenho vários servos e mensageiros, aos quais Eu posso
encarregar de levar a mensagem e executarem o meu desejo, mas eu quero que tu
mesmo o faças. Eu fervorosamente imploro, meu caçula, e com severidade Eu
ordeno que voltes novamente amanhã ao Bispo. Tu vais em meu Nome e faze saber
meu desejo: que ele inicie a construção do templo como Eu pedi. E novamente
dize que Eu, pessoalmente, a Sempre Virgem Maria, Mãe de Deus Vivo, te
ordenei.“
Juan Diego respondeu:
“Senhora, minha Criança, não
deixes que eu Te cause aflição. Alegremente e de bom grado eu irei cumprir Tua
ordem. De nenhuma maneira irei falhar e não será penoso o caminho. Irei
realizar Teu desejo, mas acho que não serei ouvido, ou se for, não acreditarão.
Amanhã ao entardecer, trarei o resultado da Tua mensagem com a resposta do
Bispo. Descansa neste meio tempo”.
Ele, então, foi para sua casa.
No dia seguinte, domingo,
antes do amanhecer, ele deixou sua casa e foi direto ao Tlatilolco, para ser
instruído em coisas divinas, e em seguida estar presente a tempo para ver o
Bispo. Por volta das 10 horas, estando em cima da hora, após participar da
Missa e o povo ter dispersado, ele apressadamente se foi.
Pontualmente, Juan Diego foi
ao palácio do Bispo. Mal chegou, ansioso já estava para tentar vê-lo. E
novamente com muita dificuldade, o Bispo estava à sua frente.
Ajoelhou-se diante de seus
pés, entristecidamente e chorando, expôs a ordem de Nossa Senhora do Céu, e que
por Deus, acreditasse em sua mensagem, de que o desejo da Imaculada de erguer
um templo onde Ela queria, fosse realizado.
O Bispo para assegurar-se, fez
várias perguntas, onde ele A tinha visto e como Ela era. E ele descreveu perfeitamente
em detalhes ao Bispo. Apesar da precisa descrição de Sua imagem, e tudo que ele
tinha visto e admirado, que em tudo refletia ser a Sempre Virgem Santíssima Mãe
do Salvador, Nosso Senhor Jesus Cristo, o Bispo não deu crédito e disse que
somente pela sua súplica, não atenderia o seu pedido, que aliás, um sinal era
necessário; só então acreditaria, ser ele enviado pela verdadeira Senhora do
Céu.
Após
ouvir o Bispo, disse Juan Diego:
“Meu senhor, escuta! Qual deve
ser o sinal que o senhor quer? Para eu pedir a Senhora do Céu que me enviou
aqui”.
O Bispo, vendo que ele
ratificava tudo sem duvidar, nem retratar nada, o despediu. Imediatamente,
ordenou algumas pessoas de sua casa, e de inteira confiança, para segui-lo e
olhar onde ele ia, a quem ele via e falava. E assim foi feito.
Juan Diego veio direto pela
estrada. Aqueles que o seguiam, após cruzarem o barranco perto da ponte do
Tepeyacac, perderam-no de vista. Eles procuraram por todos os lugares, mas não
puderam mais vê-lo. Retornaram com muita raiva, não somente porque estavam
aborrecidos, mas também por ficarem impedidos do objetivo. E o que eles
informaram ao Bispo, o influenciou a não acreditar em Juan Diego. Eles lhe
disseram que foi enganado.
Juan Diego apenas forjou o que
veio dizer, e a sua mensagem e pedido não passava simplesmente de um sonho.
Eles então arquitetaram um plano, que se ele de alguma forma voltasse, eles o
prenderiam e o puniriam com severidade e de tal forma que ele jamais mentiria
ou enganaria novamente.
Entretanto, Juan Diego estava
com a Virgem Santíssima, contando-lhe a resposta que trazia do senhor Bispo. A
Senhora, após ouvir, disse-lhe:
”Muito bem, meu querido
filhinho, retornarás aqui amanhã, então levarás ao Bispo o sinal por ele
pedido. Com isso ele irá acreditar em ti, e a este respeito, ele não mais
duvidará nem desconfiará de ti, e sabe, meu querido filhinho, Eu te
recompensarei pelo teu cuidado, esforço e fadiga gastos em Meu favor. Vai
agora. Espero por ti aqui amanhã.”
No outro dia, segunda-feira,
quando Juan Diego teria que levar um sinal pelo qual então acreditariam, ele
não pôde ir porque, ao chegar em casa, seu tio chamado Juan Bernardino, estava
doente e em estado grave.
Primeiro foi chamar um médico
que o auxiliou, mas era tarde, e o estado de seu tio era muito grave. Por toda
a noite seu tio pediu que, ao amanhecer, ele fosse ao Tlatilolco e chamasse um
sacerdote, para prepará-lo e ouvi-lo em confissão, porque certamente sua hora
havia chegado, pois não mais levantaria ou melhoraria de sua enfermidade.
Na terça-feira, antes do
amanhecer, Juan Diego ia de sua casa ao Tlatilolco para chamar o sacerdote, e
ao aproximar-se da estrada que liga a ladeira ao topo do Tepeyacac, em direção
ao oeste onde estava acostumado a passar, disse:
“Se eu seguir adiante, a
Senhora estará esperando-me, e eu terei que parar e levar o sinal ao Bispo,
como pressuponho. A primeira coisa que devemos fazer apressadamente, é chamar o
sacerdote, porque meu pobre tio certamente o espera.
” Então, contornou a montanha,
deu várias voltas, de forma que não poderia ser visto por Ela, que pode ver
todos os lugares. Mas, ele A viu descer do topo da montanha e estava olhando na
direção onde eles anteriormente se encontraram.
Ela aproximou-se dele pelo
outro lado da montanha e disse:
”O que há, meu caçula? Onde
você esta indo?”
Ele estava afligido,
envergonhado, ou assustado? Ele inclinou-se diante dela e A saudou dizendo:
“Minha Criança, a mais meiga
de minhas filhas, senhora, Deus permita que estejas contente. Como estás nesta
manhã? Estás bem de saúde? Senhora e minha Criança. Vou te causar um pesar.
Sabe, minha Criança, um de Teus servos está muito doente, meu tio. Ele contraiu
uma peste, e está perto de morrer. Eu estou indo depressa à Tua casa no México
para chamar um de Teus sacerdotes, querido pelo Nosso Senhor, para ouvir sua
confissão e absolvê-lo, porque desde que nós nascemos, aguardamos o trabalho de
nossa morte. De forma que, se eu for, retornarei aqui brevemente, então levarei
Tua mensagem. Senhora e minha Criança perdoa-me, sê paciente comigo. Eu não Te
enganarei, minha Caçula. Amanhã eu voltarei o mais rápido possível.”
Depois de ouvir toda a
conversa de Juan Diego, a Santíssima Virgem respondeu:
”Escuta-Me e entende bem, meu
caçula, nada deve te amedrontar ou te afligir. Não deixes teu coração
perturbado. Não temas esta ou qualquer outra enfermidade, ou angústia. Eu não
estou aqui? Quem é tua Mãe? Não estás debaixo de minha proteção? Eu não sou tua
saúde? Não estás feliz com o meu abraço? O que mais podes querer? Não temas nem
te perturbes com qualquer outra coisa. Não te aflijas por esta enfermidade de
teu tio, por causa disso, ele não morrerá agora. Tem a certeza de que ele já
está curado.“
(E então, seu tio foi curado,
como mais tarde se soube.)
A
imagem de Guadalupe
Quando Juan Diego ouviu estas
palavras da Senhora do Céu, ele ficou enormemente consolado. Estava feliz.
Prometeu que, quanto antes, estaria na presença do Bispo, para levar o sinal ou
prova, a fim de que cresse. A Senhora do Céu ordenou que subisse ao topo da
montanha, onde eles anteriormente haviam se encontrado. Ela lhe disse:
”Sobe, meu caçula, ao topo da
montanha; lá onde Me viste e te dei a ordem, encontrarás diferentes flores.
Corta-as, junta-as, então volta aqui e traze-as em minha presença.»
Imediatamente Juan Diego subiu
a montanha, e quando atingiu o topo, ele espantou-se pela variedade de
esquisitas rosas de Castilha que haviam brotado bem antes do tempo, porque,
estando fora da época, deveriam estar congeladas. Elas estavam muito fragrantes
e cobertas com o orvalho da noite, assemelhando-se a pérolas preciosas.
Imediatamente ele começou a
cortá-las. Recolheu todas e colocou-as em seu tilma. O topo da montanha era um
lugar impossível de nascer qualquer tipo de flor, porque havia vários penhascos,
cardos, espinhos e ervas daninhas.
Ocasionalmente as ervas
cresceriam, mas era mês de dezembro, na qual toda vegetação é destruída pelo
frio. Ele voltou imediatamente e entregou as diferentes rosas que havia cortado
para a Senhora do Céu, que ao vê-las, tocou-as com suas mãos e de novo
colocou-as de volta no tilma, dizendo:
”Meu caçula, esta variedade de
rosas é a prova e sinal que levarás ao Bispo. Tu irás dizer em meu nome que
nelas ele verá o meu desejo e que deverá realizá-lo. Tu és meu embaixador, muito
digno de confiança. Rigorosamente eu ordeno que apenas diante da presença do
Bispo desenroles o manto e descubras o que estás carregando. Tu contarás tudo
direito. Que Eu te ordenei a subir ao topo da montanha, e cortar estas flores,
e tudo que viste e admiraste, então, tu podes induzir ao Bispo dar a sua ajuda,
com o objetivo de que um templo seja construído e erguido como Eu tenho
pedido.“
Depois que a Senhora do Céu
deu seu aviso, ele se pôs a caminho pela estrada que dava diretamente ao
México. Estava feliz e seguro de seu sucesso, carregando com grande carinho e
cuidado o que continha dentro de seu tilma. De tal forma que nada poderia
escapar de suas mãos, a não ser a maravilhosa fragrância das variadas e belas
flores.
No palácio do Bispo, os serventes
tentaram ver o que Juan Diego carregava. Com cuidado, ele descobriu o manto que
escondia e eles puderam ver algumas flores; ao verem que eram rosas fora de
época, ficaram impressionados, ainda mais por verem-nas frescas, tão fragrantes
e belas. Estenderam a mão para as rosas, mas, ao tentar pegá-las, elas pareciam
pintadas ou estampadas ou costuradas no tecido. Ao relatarem esse fato ao
Bispo, ele compreendeu que Juan Diego carregava a prova desejada.
Ao ser admitido na presença do
Bispo, Juan Diego contou o que havia visto e feito, renovando a mensagem de
Nossa Senhora que pedia a construção de uma igreja no monte das aparições.
Então, desdobrou seu manto, onde estavam as rosas; quando elas caíram ao chão,
apareceu subitamente o desenho da preciosa imagem de Nossa Senhora, como ela é
vista até hoje no templo de Tepeyacac, chamada Nossa Senhora de Guadalupe.
Santuário
de Nossa Senhora de Guadalupe - México.
A figura no manto é cheia de
sinais, entre palavras, imagens e símbolos. Aqui destacamos apenas alguns:
Nossa Senhora está diante de
uma Luz Brilhante: os índios veneravam o deus sol. Ela está vestida de sol, o
que mostra que Seu Deus é mais poderoso.
Manto Azul: azul era sinal de
realeza, virgindade e a cor que as deusas vestiam. As estrelas no manto estão
como no céu da noite de 12 de dezembro de 1531. Os índios viviam sob as
estrelas e aqui Ela as veste, mostrando que Seu Deus é mais poderoso que as
estrelas.
Cabeça curvada: na cultura
indígena, os deuses e deusas olhavam diretamente nos olhos para mostrar seu
poder e eram representados com olhos grandes. Maria, com Sua cabeça abaixada,
mostra que não é um deus ou uma deusa, mas que há um poder maior acima dela.
Lua: os índios veneravam
Quetzalcoatl (serpente de pedra), representado por uma lua encrespada. Os pés
de Maria estão firmemente apoiados sobre a lua, simbolizando que Ela está
esmagando o deus deles.
Coração nas costas da mão: o
Coração Imaculado de Maria, como representamos, com chamas. Somente nas
aparições de Guadalupe e Fátima esse sinal apareceu, o que mostra que são
eventos relacionados.
Chave entre as mãos postas: a
oração é a chave para o Céu
Outros sinais representam: o
Espírito Santo; Abraão; os Reis Davi e Salomão; o profeta Daniel; a maternidade
de Maria; Maria, Mãe de Deus; Natividade de Jesus; apresentação do Menino Jesus
no Templo; a Última Ceia; um rosto de duas caras: Judas e o demônio; agonia de
Jesus no Horto; flagelação de Jesus; a Cruz; a Sagrada Face.
Porque
"Guadalupe”?
A origem do nome Guadalupe (um
nome espanhol) nas aparições do México sempre foi motivo de controvérsias, e
muitas possíveis explicações têm sido dadas.
A razão mais provável é que o
nome seja a passagem, do nahuatl para o espanhol, das palavras usadas pela
Virgem durante Sua aparição a Juan Bernardino, o tio enfermo de Juan Diego.
Acredita-se que Nossa Senhora
tenha usado a palavra Azteca Nahuatl coatlaxopeuh - que é pronunciado
"quatlasupe" e soa extremamente parecido com a palavra em espanhol
Guadalupe. Coa significa "serpente"; tla, o artigo "a"; xopeuh
significa "esmagar". Assim, Nossa Senhora deve ter chamado a si mesma
como "Aquela que esmaga a serpente" - também numa referência ao deus
Quetzalcoatl, ou serpente de pedra, ao qual os Aztecas costumavam oferecer
sacrifícios humanos.
Em 1487, devido a dedicação de
um novo templo em tenochtilan, cerca de 80.000 cativos foram imolados em
sacrifícios em uma só cerimônia que durou quatro dias.
Certamente, neste caso Nossa
Senhora esmagou a serpente, e milhões de nativos foram convertidos ao
Cristianismo.
Análises
da imagem de Guadalupe
Em primeiro lugar, chamou a
atenção dos peritos a singular conservação do rude tecido da tilma (avental) de
Juan Diego. Durante séculos, esteve exposto, sem maiores cuidados, aos rigores
do calor, da poeira e da umidade, e mesmo assim sua tessitura não se desfibrou,
nem tampouco se lhe desvaneceu a admirável policromia.
A matéria sobre a qual a
imagem foi estampada é tecido confeccionado com fibra de ayate, da espécie
mexicana agave potule zacc, que se decompõe por putrefação aos 20 anos,
aproximadamente. Em contraposição, o avental de Juan Diego já dura 450 anos sem
se rasgar nem se decompor e, por motivos inexplicáveis, é imune à umidade e à
poeira.
Atribuiu-se essa virtude ao
tipo de pintura que cobre o pano, a qual poderia atuar como matéria protetora.
Em conseqüência, foi enviada uma amostra para ser analisada pelo cientista
alemão e Prêmio Nobel de Química Richard Kuhn, cuja resposta deixou perplexos
os consultantes. Os corantes da imagem não pertencem nem ao reino vegetal, nem
mineral nem ao animal, afirmou o pesquisador.
Pensou-se, então, que a tela
estivesse tratada por um procedimento especial. Mas de que consistência seria
essa preparação da tela para que a pintura pudesse aderir e se conservar
incólume sobre matéria tão frágil e perecível como é o ayate?
Mais: confiaram a dois
estudiosos norte-americanos — o doutor Calagan, da NASA, e o professor Jody B.
Smith, catedrático de Filosofia da Ciência no Pensacolla College — a tarefa de
submeter a imagem à análise fotográfica com raios infravermelhos.
As
suas conclusões foram as seguintes:
1ª. o ayate — tela rala de fio
de magüey — não possui preparação alguma, o que torna inexplicável, à luz dos
conhecimentos humanos, que os corantes impregnem fibra tão inadequada e nela se
conservem.
2ª. não há esboços prévios,
como os descobertos pelo mesmo processo nos quadros de Velázquez, Rubens, El
Greco e Ticiano. A imagem foi pintada diretamente, tal qual a vemos, sem
esboços nem retificações.
3ª. não há pinceladas. A
técnica empregada é desconhecida na história da pintura. É inusitada,
incompreensível e irrepetível.
Os
Mistérios nos olhos de Maria
Em 1929, Alfonso Marcue,
fotógrafo oficial da antiga Basílica de Guadalupe na Cidade do México, teve a
impressão de ver a imagem de um homem de barba refletido no olho direito da
Virgem. Depois de várias análises de sua fotografia em preto e branco, ele não
tinha dúvidas e decidiu informar as autoridades da Basílica. Ele foi orientado
para manter completo silêncio a respeito do descobrimento. Mais de 20 anos
depois, em 29 de maio de 1951, José Carlos Salinas-Chavez examinou uma boa
fotografia da face e redescobriu a imagem que parece claramente ser um homem de
barba refletido no olho direito da Virgem, localizando-o também no olho
esquerdo.
O primeiro relatório dos olhos
da imagem, emitido por um médico, certifica a presença de uma tripla reflexão
(efeito Samson-Purkinje), característica de todo olho humano vivo; o resultado
diz que as imagens estão localizadas exatamente onde elas deveriam estar de
acordo com tal efeito, e também que a distorção das imagens combina com a
curvatura da córnea. No mesmo ano, outro oftamologista examinou os olhos da
imagem com um oftamoscópio em grande detalhe. Ele observou a aparente figura
humana nas córneas nos dois olhos, com a localização e distorção de um olho
humano normal e, especialmente, notou uma singular aparência dos olhos: eles
parecem estranhamente vivos quando examinados.
O oftalmologista Torija
Lauvoignet examinou com um oftalmoscópio de alta potência a pupila da imagem e
observou, maravilhado, que na íris se via refletida uma mínima figura que
parecia o busto de um homem. E este foi o antecedente imediato para promover a
investigação mais profunda, ou seja, a "digitalização" dos olhos da
Virgem de Guadalupe, que pode ser assim descrita:
Sabemos que na córnea do olho
humano se reflete o que a pessoa está vendo no momento. O doutor Aste Tonsmann
fez fotografar (sem que ele estivesse presente) os olhos de uma filha sua e,
utilizando o procedimento denominado "processo de digitalizar
imagens", pôde, sem mais, averiguar tudo quanto via sua filha no momento
de ser fotografada.
Este mesmo cientista, cuja
profissão era a de captar as imagens da Terra transmitidas do espaço pelos
satélites artificiais, "digitalizou", no ano de 1980, a imagem de
Nossa Senhora de Guadalupe, e os resultados foram surpreendentes. Tal
procedimento consiste em dividir a imagem em quadrículas microscópicas, até o
ponto de, numa superfície de um milímetro quadrado, caberem 27.778 ínfimos,
mínimos quadrinhos. Uma vez feito isso, cada miniquadrícula pode ser ampliada,
multiplicando-se por dois mil, o que permite a observação de pormenores
impossíveis de serem captados a olho nu.
Ora, os pormenores que se
observaram na íris da imagem são:
Um índio no ato de desdobrar
sua tilma perante um franciscano; o próprio franciscano, em cujo rosto se vê
escorrer uma lágrima; uma pessoa muito jovem, tendo a mão sobre a barba com ar
de consternação.
Um índio com o torso desnudo,
em atitude quase orante.
Uma mulher de cabelo crespo,
provavelmente uma negra, serviçal do bispo.
Um varão, uma mulher e umas
crianças com a cabeça meio raspada.
E mais outros religiosos
vestidos com hábito franciscano. Isto é... o mesmo episódio relatado em náhualt
por um anônimo escrito indígena na primeira metade do século XVI e editado em
náhualt e em espanhol por Lasso de La Veja em 1649.
Foram feitos também estudos
iconográficos para comparar estas figuras com os retratos conhecidos do
arcebispo Zumárraga e de pessoas do seu tempo ou do lugar. O que é radicalmente
impossível, é que num espaço tão pequeno como a córnea de um olho, situada numa
imagem de tamanho aproximado ao natural, um miniaturista tenha podido pintar
aquilo que foi necessário ampliar duas mil vezes para que pudesse ser
percebido.
Todo fiel católico sabe que a
Igreja não impõe à fé dos cristãos alguma revelação particular, mas deixa a
critério de cada um aceitar ou não as respectivas narrações. Ora as que se
referem a Nossa Senhora de Guadalupe têm forte cunho de verosíssima semelhança,
dados os estudos científicos que acabamos de mencionar.
Deus seja louvado pelos sinais
que Se digna de dar aos homens, para manifestar a Sua presença e providência no
mundo conturbado em que vivemos!
Uma
família na pupila dos olhos de Maria
Talvez um dos aspectos mais fascinantes é que
Nossa Senhora não só nos deixou sua imagem impressa como prova de sua aparição,
mas também mensagens que permaneceram escondidas em seus olhos para serem
reveladas quando a tecnologia permitisse descobri-las — e em um tempo em que
fossem mais necessárias.
Este seria o caso da imagem de
uma família, presente no centro dos olhos da Virgem, justamente quando a
Família se encontra precisamente diante de sérios ataques, em nossos dias.
A imagem de várias figuras
humanas que parecem constituir uma família (incluindo várias crianças e um bebê
levado nas costas por sua mãe, como se costumava no século XVI), aparecem no
centro da pupila da Virgem, como centro de sua visão.
As
Lágrimas de Maria
A Imagem Peregrina de Nossa
Senhora de Guadalupe verteu lágrimas de óleo em 1994.
A Protetora dos Nascituros.
Durante sua guerra contra a
vida humana, a antiga serpente nunca se satisfez com o extermínio causado pelas
contínuas guerras e violências promovidas por ela neste mundo. Ela sempre pediu
rituais de morte, vidas humanas inocentes sacrificadas a seus disfarces ao
longo da história.
Lemos no Livro do Levítico
como o Senhor diz a Moisés sobre o sério crime e a extrema punição de se
oferecer os filhos a Moloc, referindo-se ao costume cananeu de sacrificar
crianças ao deus Moloc. As pequenas vítimas eram primeiro mortas [decapitadas]
e então cremadas (Veja Levítico 20,1-5 e 18,21).
Nas Américas, há cinco séculos
atrás, os rituais mais cruéis de sacrifício humano, registrados pela história,
eram feitos pelo império Azteca. Entre 20.000 e 50.000 eram sacrificados por
ano. Os rituais incluíam o canibalismo dos órgãos das vítimas. A maioria eram
cativos ou escravos,e além de homens eles incluíam mulheres e crianças. O
antigo historiador mexicano Ixtlilxochitl fez uma estimativa de que uma de cada
cinco crianças no México era sacrificada.
O clímax destes rituais de
morte foi em 1487 para a dedicação do novo templo de Huitzilopochtli, ricamente
decorado com serpentes, em Tenochtitlan (hoje Cidade do México), quando em uma
única cerimônia, que durou quatro dias e quatro noites, com o constante soar de
gigantescos tambores de pele de cobra, o soberano e adorador do demônio Azteca,
Tlacaellel, presidiu o sacrifício de mais de 80.000 homens.
Nossa
Senhora de Guadalupe esmagou esta serpente em 1531.
Hoje, a antiga Serpente
certamente conseguiu outra obra-prima de seus rituais de sangue contra a vida
humana. Milhões de crianças não nascidas são mortas todos os anos ao redor do
mundo, em procedimentos que em alguns países são não apenas legais mas também
oficialmente apoiadas e financiadas por seus governos.
Em muitos casos, os
procedimentos seguem as mesmas regras dos sacrifícios ao deus Moloc: a morte e
cremação das criancinhas.
A Mulher vestida de sol, na
imagem de Nossa Senhora de Guadalupe, Protetora dos Nascituros, esmagará esta
serpente mais uma vez.
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Nieustanne potrzeby??? Nieustająca Pomoc!!!
Witamy u Mamy!!!